Memória e poesia

Deixo sair o preguiçoso que me habita

O preguiçoso se esconde na vida
Uma vida de ilusão
Ilusões que superam as próprias expectativas
Segue se escondendo.

O preguiçoso que segue perdido em sua busca
Sem o mínimo de esperança de ver o sonho se realizar
Segue uma vida de ilusões
Sãos essas coisas que causam fadiga.

O preguiçoso prefere sombra e água fresca do que ser escravo de um servente
Escravo de um sistema econômico injusto e vagabundo
Dos pobres que se acham os ricos barões da petulância
O preguiçoso continua preferindo água do que vinho.

O preguiçoso pede ajuda
Escreve um lindo poema
Cheio de contravenções
Banalizando os que querem construir uma sociedade alternativa.

Preferindo a opção pela preguiça
Por uma vida de mentiras
Pela santidade que habita a preguiça.

Preguiçosos de todo o planeta
Deixem as máscaras que te sufocam
Assumam quem vocês realmente são, preguiçosos de carteirinha.

Carlos de Campos

LANÇAMENTO

Como humanidade, neste momento, passamos pela História; somos parte dela e enfrentamos mais este desafio que nos coloca diante de nossos maiores medos. Como já disse um poeta: “o medo cega os nossos sonhos”. E sonhos são carregados de sentimentos, desejos de realizações. Nesses tempos, sonhemos! O medo é natural, ele protege a vida, mas o sonho a impulsiona. O Amor, a beleza, a arte, a música, a poesia, é tudo o que move o sonho humano. Convidamos todos a manterem o foco em seus sonhos e esquecerem seus medos. Mergulhar numa boa leitura em vez de ligar a TV nos noticiários. Ouvir uma boa música, contemplar uma linda paisagem, uma arte. Respirar fundo e alcançar a certeza de que tudo isso passará, para que os nossos sonhos se realizem. Cuidem-se, também, interiormente. Resistiremos com poesia no coração.

Sobre o autor

Carlos de Campos nasceu em Biritiba Mirim, São Paulo, em 1980. Apaixonado por Poetrix. Em 2017, começou a escrever seus versos nas redes sociais, expressando-se de maneira profunda, em reflexões e observações sobre a condição humana, entre outras; analisando sua organização, atuação e intempéries emocionais, de forma leve, porém, concisa e incisiva. Não se deixando condicionar por padrões, investigando, atentamente, os recônditos mais conflitantes da existência e expressando-os, poeticamente, através do seu minucioso olhar.
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