Os delírios da autoafirmação À medida que vou procurando, mais me distancio Ao passo em que me aproximo É quando mais distante me encontro. Afinal, o que espero encontrar ? Indisposição ? Tristeza ? A ilusão do mundo que sonho ? O que espero, de verdade, encontrar pelo caminho ? Me deito admirado Observo os frutos de uma árvore É de uma beleza invejável São os mesmos frutos que almejo cultivar. Ninguém consegue deslumbrar o Todo Quando se vê, de muito perto Quando se está desfocado do verdadeiro objetivo Ninguém pode ser vidente de um futuro inexistente. A nossa teimosia nos deixa muito limitado Resíduos tóxicos de irresponsabilidade vão se formando Os delírios da autoafirmação me fazem ser negacionista Na verdade, o medo me apavora. Carlos de Campos

Deixe um comentário