O mensageiro de Asmodeus

O mensageiro de Asmodeus

Era de madrugada, ouço passos
Pressinto a chegada de um estranho
Ofegante…
Bate na porta com violência.

Me levanto, olho pela fresta da janela
Um homem nu, caído.
Noto que seu corpo está todo perfurado
Me dirijo até a porta, enquanto aciono a polícia.

A polícia chega, e sua única preocupação
É me olhar com olhares de quem já me condenou.
Em meio àquele falatório e acusações sem provas,
Me concentro em meus pensamentos.

E em cada detalhe do corpo à minha frente,
O que mais me intriga
É a tatuagem em seu peito
Com os dizeres em latim: "Advocata mea pro me loquitur."

Depois de alguns dias mergulhado nessa história,
As ideias e provas foram sendo construídas,
Me levando a uma única dedução:
Em meio ao caos — identidade, vingança.

O morto veio de uma cidade distante daqui,
Encontrou-se com o bispo local.
Localizei sua advogada por meio da tatuagem.
Bispo e advogada estavam abraçados — e mortos.

Carlos de Campos
Foto por James Superschoolnews em Pexels.com

Descubra mais sobre Memória e poesia

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.


Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Descubra mais sobre Memória e poesia

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo