Era de madrugada, ouço passos Pressinto a chegada de um estranho Ofegante… Bate na porta com violência.
Me levanto, olho pela fresta da janela Um homem nu, caído. Noto que seu corpo está todo perfurado Me dirijo até a porta, enquanto aciono a polícia.
A polícia chega, e sua única preocupação É me olhar com olhares de quem já me condenou. Em meio àquele falatório e acusações sem provas, Me concentro em meus pensamentos.
E em cada detalhe do corpo à minha frente, O que mais me intriga É a tatuagem em seu peito Com os dizeres em latim: "Advocata mea pro me loquitur."
Depois de alguns dias mergulhado nessa história, As ideias e provas foram sendo construídas, Me levando a uma única dedução: Em meio ao caos — identidade, vingança.
O morto veio de uma cidade distante daqui, Encontrou-se com o bispo local. Localizei sua advogada por meio da tatuagem. Bispo e advogada estavam abraçados — e mortos.
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