O desafio de ser amor para si e para o outro
“O amor é incompreendido por transportar a leveza em si; para muitas pessoas, isso é assustador.”
Nem todas as pessoas estão emocionalmente preparadas para se ocuparem dos desafios que o coração apaixonado enfrenta. Amar e se deixar amar é um tanto complexo.
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Amar e ser amado envolve aceitação mútua e livre de toda a bagagem histórica que ambos trazemos para esse relacionamento. Aceitar a história do outro, enquanto vou aceitando a minha própria história.
É preciso estar inteiramente despojado de qualquer armadilha mental, saber discernir a realidade que precisa ser trabalhada da fantasia que muitas vezes produzimos como autodefesa — sabe-se lá do que estamos nos defendendo. Mais que atenção ao outro, é preciso estar sempre vigilante de si mesmo.
O desejo de encontrar o grande amor, ou até mesmo de ser esse grande amor, tende a ser um enorme risco quando não compreendemos que não existe alguém que consiga assimilar o amor de maneira perfeita, e que nós nem sempre conseguiremos ver o todo de maneira clara e objetiva — e que, por muitas vezes, o que iremos receber são falhas e ausências.
O amor é uma energia perfeita que permeia tudo e todos ao mesmo tempo, na espera de ser acolhido por cada um de nós. Nós é que carregamos uma história sofrida — história da qual nem sempre temos consciência — e que, por muitas vezes, nos dificulta ter a segurança necessária para estarmos completamente abertos a essa energia amorosa. O amor é um sentimento desafiador porque está sempre nos colocando em risco. Amar é correr riscos; amar exige compromisso e cultivo diário de ambos os agricultores. Antes de decidir amar, saiba: não existe outra escolha. Ama-se ou ama-se. Qualquer coisa fora disso não é mais amor.
Apesar de tudo, a nossa história não pode ser obstáculo para nos impedir de amar e de viver uma história real e verdadeira de amor. É preciso, com paciência e muita diligência, se abrir aos conselhos intuitivos que a energia do amor sempre está nos dando.
Carlos de Campos
