É, em nossa vida, um mistério da resistência, em que o não existir seja o mais coerente. De incoerência em incoerência, resistimos para existir.
É no apogeu dessa existência finita que miramos, de maneira natural, para o infinito. E, sem saber ao certo, seguimos — limitados, mas seguimos.
Perseguimos o entendimento do infinito que, quando chega até nós, é finito. É finito quando o observamos, e infinito quando buscamos alcançá-lo.
É um mistério que procuramos desvendar. Buscamos o sentido de estarmos aqui, entre o possível e o impossível e a possibilidade de sermos quem não sabemos quem somos.
Neste poema, o mar é metáfora do equilíbrio e da aceitação. Não há tormenta, nem euforia — apenas o fluxo natural da vida. “Ser o Mar” é um convite ao desapego, à leveza e ao entendimento de que viver é navegar com confiança no que não se controla.
Poema contemplativo sobre o mar como metáfora da vida, do equilíbrio e da entrega. Um texto profundo sobre navegar com leveza, sem resistência.