Impossível é conter a vida
Rua de sangue
Impura sensação
Flerte com a solidão
Corremos risco de vida.
Medo, de algum dia, sentir medo
Medo de ver sangue pelas ruas
Sangue do medo
Sangue da vida escorrendo.
Os dentes rangendo
Caminhando nas ruas de sangue
Deixam rastros
Rastros de puro sangue.
Mar de lágrimas
Lágrimas da rua de sangue
Onde o ódio é normalizado
No mar da violência.
Inclinado a maldade
Deixando rastros de sangue
Sangue da ilusão
Sangue do terror.
O desejo exige vontade
Vontade negligenciada
Desejo de sangue na calçada
Pelas ruas, a solidão é reprimida.
Intimidade insatisfeita
Em noite de escuridão
Me fazendo gemer
Me fazendo sofrer.
Uma noite é o tempo do sofrimento
Já, pela manhã
Posso experimentar o alívio
A ternura que aquece nossas vidas.
Com olhar otimista
De quem a vida ressurge
Impregnando o perfume do amor
Com os rastros da gratidão.
Vejo uma alegria que contagia
Em nossas vidas que caminham
Caminhando em prol da semeadura
Impossível é conter a explosão que gera vida.
Carlos de Campos

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