Deitada há algumas horas, ela acorda e escuta barulhos vindos de outros cômodos da casa. Está sozinha. Ao ouvir o ruído, é tomada pelo medo, um medo paralisante. Em sua mente, passam todas as possibilidades terríveis, exceto a determinação de se levantar para verificar a origem do barulho e acabar com a angústia.
O barulho aumenta à medida que se aproxima cada vez mais do quarto onde ela está dormindo. Ela está suando frio, consumida pelo medo e desespero. Sua angústia a sufoca, e ela não consegue sequer sussurrar um pedido de socorro. O barulho para diante de sua porta, que começa a se abrir. Ninguém poderia imaginar que todo esse alvoroço vinha de um rato faminto em busca de migalhas de comida.
Carlos de Campos

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