“Não é mais uma mulher, é a regra do machismo” é um poema que transcende a estética para se tornar denúncia. Aqui, cada verso é um passo em direção ao colapso — não só do corpo da personagem, mas de uma estrutura social adoecida. Um texto que precisa ser lido com o coração aberto e a consciência alerta.
Não é mais uma mulher, é a regra do machismo
Impaciente… Dirige-se ao balcão do caixa. Está com pressa, E a fila é enorme.
Impaciente, fila enorme, Começa a passar mal. Seu corpo pálido e fraco Desaba na fila daquele supermercado.
A ambulância chega. A mulher, ali mesmo, recebe os primeiros socorros. É preciso levá-la com urgência para o hospital: É mais grave do que parece.
É vida ou morte! É sangramento interno. Os paramédicos correm contra o tempo. É vida ou morte!
O silêncio do centro cirúrgico É interrompido pelo “piiiiiii” do monitor cardíaco, Um som específico que revela Que a vida se esvaiu.
Os médicos nada mais podiam fazer. Um tiro nas costas perfurou seu pulmão. Foi alvejada na fila do supermercado Pelo próprio filho.
Mais um desinteressado da vida? – Memória e poesia
[…] para ser. Lave o rosto… E vamos em busca do nosso ouro.Dos espólios que nos foram roubados, Sonhos sufocados… É hora de ir em busca do que é nosso — Do que é nosso por direito.Carlos de […]
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