Ouve o passado gritar Na antessala do desespero, No agitado mar da vida, Ouve…
É grito que, ao longe, posso ouvir. É vida desesperada. Quem mais pode ouvir? É preciso ter ouvido atento.
Desesperado, caminha sem rumo. É vida sendo tolhida, desesperado caminho.
E, na margem do rio, avisto as memórias fugazes correndo contra a correnteza, como peixes em época de piracema.
Ouço, no reflexo da minha imagem, barbaridades sem fim. Desanimado, deixo essa marca, a marca brutalizada de mim.
Sonhos, desejos que vêm e que vão… Vêm nas belas manhãs e se vão ao cair do dia. Só me resta ouvir essa sinfonia.
Nas águas desse rio vou mergulhar. No mais tardar da vida vou mergulhar. Ouvindo as águas baterem nas pedras, vou mergulhar. No auge do desespero, me permito relaxar.
Lambuzado de vida pós-existência – Memória e poesia
[…] que se esvai por entre os olhos… Vida maldita.É meu coração que bate: tum… tum… tum… meu coração fala atrocidades, deseja os desejos mais sombrios.É meu o coração que está parando, desencorajado de viver, […]
Deixar mensagem para Lambuzado de vida pós-existência – Memória e poesia Cancelar resposta