É certo que nossas almas escaparam?


Um poema sobre o amor, o tempo e a inevitável perda, revelando a fragilidade humana diante das mudanças e do destino.


É certo que nossas almas escaparam?

É vivido o meu amor por você,
As idas e vindas
No fluxo desse ocaso
Que engoliu as nossas lembranças.

É para deixar a vida seguir o seu percurso,
Diuturnamente,
O mundo dorme fingindo que está acordado.
Tudo muda de sentido.

O medo assombra o nosso futuro —
Futuro de incertezas certas,
Certas de novidades,
Que dão origem ao novo amanhã.

É a vida sendo desgastada pela agonia,
Pela imoralidade dos tempos modernos,
Que sucumbem em meio às promessas.
É uma vida devastada pela nossa agonia.

É a mãe encurralada pelo próprio filho,
Filho caindo, alvejado pelo destino,
Destino frio,
Esvaindo-se — vão-se suas memórias.

Oh, alegria dos momentos que não passam,
Oh, pedra preciosa do destino!
É a vida futura, distante de nós,
É a sensação gélida da sorte.

Carlos de Campos
Foto por Soloman Soh em Pexels.com

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