Não vem. O que é normal é assustador, mas é normal. Imita ser, mas não é. Quem você pensa que é?
É ilusão desejar o que você deseja, sentir o que você sente. É inegável. Você sente e vê. E o que você sente e vê? E o que você sente? Vê o que sente? O que os outros captam, mesmo estando com você? Lógica do ilógico. O que sinto e vejo são coisas absolutamente distintas.
Vê! Existe a realidade, só que não é como acreditamos. Diferente? Como explicar algo que estamos experimentando e que, mesmo explicando, não acreditamos? O que vemos e sentimos está em nós e, ao mesmo tempo, está além. O que está além, nós enxergamos e sentimos, só não compreendemos.
Mistério que envolve a vida, Ferida que sangra e não tem cura. Mais além de você, Só você mesmo.
Diante da vida, existe a morte. O desejo incontido de sobrevivência Nos leva ao ostracismo. De repente, tudo para.
No último suspiro, Finalmente conseguimos a emancipação da Terra. Homem parado, sem questionamentos, Na ilusão da vida, recebemos a morte como prêmio.
Não existe defesa contra a morte, Nem acordo de rescisão. A morte é abusiva, Com poder opressor.
Com sua força, abusa do poder, Eliminando a todos — amigos e inimigos —, Atraindo para si olhares invejosos, Ostentando ganância em meio à miséria.
Seu poder e fama voam pelo mundo. Inveja e incerteza são os seus companheiros. Tudo o que ofereci foi por medo. A cada segundo, é mais um passo para o fim.