O sol pôs-se diante dos meus olhos, dos mesmos olhos que viram a saudade sem saber das cores de uma vida sem flores, que floresceu na morte — morte que desabrocha a nossa sorte, sorte de não se ter o amanhã. É importante o dia da morte, que floresceu em um dia de sorte.
Em dia de sorte, provamos da própria morte, da sorte que gera a ilusão de sermos eternos — eternos até florescer a nossa própria sorte. Caímos na própria teimosia: eternos até o grande dia, dias de paz, de um silêncio sepulcral.
Flores que florescem a todo tempo, flores da morte, da sorte, da insensibilidade com a vida — vida temida. A morte deu sorte: sorte de florescer na própria morte.