Vinhedos carregados de poesia

Vinhedos carregados de poesia

I

Tua grandeza é assustadora
Teus princípios são reveladores
Já és quem, em tua busca, se propôs ser.

II

Interiormente evoluído
Dom supremo
Inigualável
O mundo não te conhece
Ou melhor:
O mundo ainda não te conhece.
Dá ao tempo o tempo de maturação.
Os frutos já sobrecarregam os vinhedos.
O tempo da colheita já se anuncia.
É tempo de colher prosperidade.
E que os próximos anos sejam abundantes.
Lá no vinhedo, é possível ver
Com que força vai se irrompendo
O amadurecimento dessas belas uvas.
Mesmo ainda no processo de maturação,
É possível sentir, a quilômetros de distância,
Nitidamente,
O doce suave desses frutos.
Incontável será essa colheita.
Mostra, com orgulho, essa tua produção
Logo as uvas amadurecem,
Mas já era possível constatar
Com que força e beleza vêm sendo os seus versos.
Com que força podemos constatar?
Chegou onde chegou
E como chegou:
Só quem o caminho fez a cada dia
Tem em si a plenitude da certeza
De que o tempo da colheita chegou.
E com ele chegaram também
A prosperidade, o reconhecimento e a abundância.
Nos pés de cada saborosa uva
Surgem também
Preciosos e delicados poemas,
Como flores que nascem em um jardim
Para embelezar a nossa visão.
Dê uma última olhada
Para o seu passado sombrio
E tenha a certeza
De que para lá você nunca mais vai voltar.
Olhos fixos agora para o horizonte,
Para o mais belo horizonte de sua vida.

III

Célebre em sua alma
Esse dia que é para ser recordado
Individualmente e coletivamente.
Teus são os esforços.
Cultivou a terra dura
Com disciplina e harmonia.
Cultivou…
Dias, meses, anos.
Cultivou…
Sem perspectiva alguma.
Continuou…
Cultivando a terra dura.
E agora, nada é mais justo
Do que a vitória seja celebrada
Com poemas
Que emergem da alma,
Da alma que, mesmo ferida,
Continuou o cultivo da vinha.

Carlos de Campos
Foto por Balu00e1zs Burju00e1n em Pexels.com

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Resposta

  1. Avatar de De um ponto ao outro, restos do passado – Memória e poesia
    De um ponto ao outro, restos do passado – Memória e poesia

    […] carcomidas, tudo sobre o que diziam.Tudo o que fiz foi pensar em você. Cada memória vale a pena: destino traçado de presente que sente as memórias escondidas.Carlos de […]

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