Este não é apenas um poema que se lê — é um poema que lê você. Ele reconhece, em silêncio, os lugares onde o tempo deixou marcas: dor, saudade, arrependimento, maturidade. Não tenta convencer. Apenas revela uma verdade universal: o tempo não é neutro. Ele molda, esvazia, esculpe… e, às vezes, sepulta. Cada verso é um espelho — e cada espelho, uma travessia.
No passar do tempo, instante desfeito
No existir do tempo, o tempo nos comove. Diante de tua grandeza exuberante, o tempo deixa de existir.
Sou o tempo que passou, o tempo que se faz presente, o tempo em construção permanente. Sou o tempo em tempo.
Tempo em tempo, a vida dita o ritmo. Em tempo, em tempo, a vida vai se esvaindo.
O tempo é quem me mantém vivo, ditando o ritmo sinistro. O tempo vai... e, com ele, também vai a minha paz.
No fim do tempo, existe uma pessoa que pensa e se incomoda. O tempo é irremediável, e o fim geralmente é negado.
O tempo amadurecido é o tempo de ser colhido. É tempo da aceitação, tempo da mais pura transição.