Noite fria, apesar do calor, noite tenebrosa. Assustadora é essa noite sem fim, noite de uma solidão intensa.
Os dias que se tornaram noites me orientam nessa jornada. Tateando, eu prossigo. Insisto.
No caminhar, me guio pela persistência. A resistência é minha fortaleza. O desejo de continuar só aumenta: é o caminho dos vitoriosos.
Que o nosso mundo se ilumine, nos oriente para irmos além — não distante — caminhe.
No anoitecer, por mais escuro que esteja, há esperança de que voltará a amanhecer, que a solidão dará lugar à confraternização e que a paz interior prevalecerá.
Solidão em meu peito, um incômodo quase que diário. O que esperar desse vazio, que empareda a minha alegria dia após dia, sem exceção?
Aos que sofrem com essa angústia, preferem ignorar o persistente vazio, frio. Sem alegria, recorro aos medicamentos, que, por ora, são o meu único refúgio.
O grito da alma ecoa… ecoa… ecoa por esse vazio solitário e fugaz. É inútil qualquer tentativa de querer resgatar essa alma angustiada.
Também me desespero diante de tamanha solidão. O solitário, sem perspectiva, diante da vida se desfaz, sucumbindo em seu próprio desânimo.
Aos que estão mergulhados nesse pântano desesperador, convoco a todos neste momento para que lutem. Mesmo sem ânimo, digo: lutem!
Lutar é a nossa melhor opção para vencer essa batalha. E, mesmo que, tentando, você seja derrotado, ainda assim continue tentando e lutando dia após dia, sem vacilar. A perseverança é a nossa melhor arma nessa guerra.