📖 Enquanto a Solidão me Abraça – já disponível! Existem momentos em que o silêncio fala mais do que mil vozes. E é nesse lugar – entre a dor, a memória e o recomeço – que nascem os versos de Enquanto a Solidão me Abraça. Este livro é um abraço em forma de poesia para quem já amou, perdeu, esperou… e ainda assim escolheu continuar. Cada página é um espelho onde você pode se reconhecer, e talvez, se curar. 🔹 Palavras que tocam. 🔹 Sentimentos que não se explicam, mas se sentem. 🔹 Um convite à introspecção e ao reencontro consigo mesmo. 📚 Adquira o seu agora pelo site da Caravana Grupo Editorial Deixe-se abraçar por essas páginas.
A sua volta
Sua mão toca o meu ombro. Olho para ver quem é, e, com surpresa, vejo que é você, que, depois de tanto tempo, resolveu voltar.
Distante, preferiu ficar. Diante das minhas ligações, escolheu silenciar. O que te faz ter esperança para voltar? O que ainda quer de mim?
No instante em que te vi, o coração até reconsiderou, mas o meu pensamento foi mais racional, Fazendo-me recordar tudo o que passamos.
Sinto-me traído e mais infeliz do que quando você partiu. O que menos me importa é saber o motivo da sua volta; quando decidiu ir embora, foi sem me comunicar.
Siga a tua vida longe de mim. Quero me esquecer de você, deixar tudo para trás, como se você nunca tivesse existido.
A infelicidade sempre terá a sua força. A minha sempre será você: do amor à ilusão, da ida, da volta, para o esquecimento.
Em razão da vida, o fim é temido. É angustiante para todos nós. Ninguém, por mais maduro que esteja, Está livre desse elefante branco no meio da sala.
Morrer é antinatural. A existência, com toda a sua força, resiste. Desde quando se passa a existir, A luta para se manter vivo é intensa, mesmo tendo saúde.
Não é confortável para ninguém a dança permanente com a morte. Geralmente, evitamos trazer à razão, Mas sempre somos arrastados para o baile, Na dança dos inconformados.
Morrer é demasiadamente extraordinário. É a passagem para sabe-se lá onde. É a dormição eterna da racionalidade. É a dramatização do nosso último julgamento.
Leve me sinto, já que não há para onde correr. Inteiramente tenho vivido, já que um dia eu hei de morrer. Entre as multidões de corpos vivos, Entre esses corpos é que tenho compreendido.
Morrer é a atitude mais bela de nossa missão. É o maior e único evento de nossa existência. É o fim do início de uma nova jornada. É a manifestação mais pura de nossas crenças.
No final, cada um sabe no que acreditar: Deidades, vida após a morte, Fluidos corporais que prendem uma alma livre, Vida plenamente para ser vivida.
Morrer é a mais intensa das emoções. É o prelúdio do que não conhecemos. É o que há de pior que vem à nossa mente. É entender que poderíamos ter vivido e amado mais.
Finalmente, o grande dia chegou, E com ele, a experiência individual. Desejo, sonho — nada mais é tão importante Quanto o momento de vivenciar a própria morte.
Íntimo de minha alma, Nos momentos de mais sofrimento, é a minha paz. É a poderosa impressão que busquei a vida toda. É o momentum além do amor que conhecemos.
Sinta, em seu rosto, o toque suave: Desejo amoroso que desperta pela humanidade. Sentimentos naturais de nobreza são potencializados, Dando origem à sua melhor versão em plena passagem.
O íntimo vai florescendo enquanto se faz a passagem. Todo o medo e a angústia dão lugar à pacificação plena da alma. O condutor de toda essa passagem é o amor, O amor semeado pelas pessoas durante sua vida.