Onde há ódio existe a destruição
Não existe prazer em meio à dor,
Mesmo que seja acompanhada de intervalos de bem-estar.
O corpo e a mente ficam desconectados,
E não sabemos para onde ir.
O sol aquece o corpo ferido de morte.
Tudo nesta vida é dor e sofrimento,
É conflito e mais conflitos,
É uma constante guerra sem fim.
Um instante, um único vacilo, e tudo se vai,
Sem aviso ou uma última refeição.
Tudo simplesmente evapora,
A vida, à qual somos tão apegados, vira pó.
Desvio o olhar por um instante.
Em meio à ilusão destruidora, posso ver a beleza.
Oh, como a senhora Beleza é plena!
Habita no olhar inocente de uma criança.
Quem vive consumindo ódio é digno de ver tua beleza?
É possível que um coração iludido se recupere?
E como posso vencer o mal?
Quem é que, vendo a beleza, não quer desposá-la?
O meu corpo ainda segue doente de tanto ódio.
A mente busca por salvação.
Percorro, com determinação, o caminho para expurgar o ódio das entranhas da vida,
Para que um dia, contigo, eu possa estar.
Carlos de Campos

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