No além do seu olhar, me vejo. Mergulho no mais profundo dos teus desejos. Me pego sonhando com você no cantinho da minha solidão.
Me vejo para além dos teus desejos, em sonhos disfarçados de vontade. Vontade que bate forte em meu peito, peito que anda vazio de amor.
Levo a sua imagem em minha retina. De dia e de noite, só penso em você. Penso em como seria estar com você. O vazio em meu peito diz que é saudade.
A solidão não me deixa avançar; sequestrou minha esperança de amar. Meus sonhos e desejos desapareceram. Sua imagem anda mais nebulosa do que antes.
Mistério do amor: por que sofrer para amar? Amar precisa ser um parto para frutificar? É ilusão o amor que sinto?
Sinto como se estivéssemos entre paredes de vidro: nos vemos e nos desejamos, porém, não nos sentimos de verdade. Nosso amor é, antes de tudo, virtual.
Só em mais um dia, essa solidão que insiste em ficar fica, a todo instante, a me recordar que este é mais um dia em que estou só.
Somente eu e a minha solidão, solidão só, com sua presença — presença fria, distante de nós.
Minha cara solidão, então vem, me abrace a noite inteira, me faça senti-la até os sentidos sentirem o que já não existe mais.
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A solidão é noite passageira dos nossos sonhos tardios... O sonho de uma noite de solidão.
É mais uma noite, e estamos sós: somente eu e a minha solidão, eu — e toda essa multidão.
No anoitecer, você chega, chega em silêncio... em um silêncio eloquente. Você se aproxima e me abraça a noite inteira.
Carlos de campos
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