Em nada posso confiar. Tudo me parece raso demais. Estúpido! Na profanação desses versos me esqueço.
O que precisamos entender desta vida? O que é profanar os versos inversos? Quando chega o ponto em que precisamos rasgar a alma e liberar a nossa dignidade?
O que devo esperar de uma alma libertada? Alma que vagueia sem sentido, desligada de todas as emoções, vagueia assombrada.
É primavera, as borboletas renascem. Conflitos sangram no calor das emoções. O silêncio reivindica. Tudo se destrói.
Tudo persiste como um incômodo, um inverno em plena primavera. É a condição de uma alma presa ao corpo humano, humano que profana versos o dia inteiro.