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Um indigente da escritaReintegrado ao mundo, um mundo de sonhos, de ilusão permanente.O que sou é insignificante quando vejo o que eu poderia ser descalço.O que sou sem os meus sapatos? Sem a profundidade de sua beleza? Quem sou eu?Sou um que compartilha ideais de uma multidão, um décimo do que nunca serei.Um indigente de um mundo sombrio, um idealizador enclausurado, uma vítima sem causa.Carlos de Campos
Ouve essa alma apaixonadaOuça… Tua alma te chama, tua guia para todos os dias. Ouça e dê ouvido a essa voz.Ouça… Dê ouvido a quem quer te ajudar. Tua guia quer te levar para a paz. Ouça e escute.Tua corrente sanguínea, tua paz há de se instalar. Tua corrente sanguínea, teu ser há de relaxar.Me diga o que você ouve, escute o que me diz. Diz o que diz e sinta a paz a te invadir. Corrente sanguínea, fluxo da vida, da vida tranquila, da vida estável, da vida que só quer oferecer vida.Fim de toda essa correria, aflição dando lugar à razão, razão que ouve o conselho da vida. Viva com tranquilidade.Carlos de Campos
Um poema profundo sobre a solidão, o amor e o mergulho interior. “Imensa é a loucura dos que se arriscam” revela a coragem de quem enfrenta o próprio medo para encontrar, no fundo de si mesmo, o verdadeiro encontro com o outro e com a alma.Imensa é a loucura dos que se arriscamLogo que adormeço, me encontro ao teu lado na solidão vazia deste quarto, o que me faz sofrer ainda mais.No auge do meu sono, mergulho mais fundo. É preciso mergulhar ainda mais fundo. É lá, no fundo, que nós nos encontramos — em um encontro decisivo.O diálogo está contido, deixando de lado a humildade. Nada mais flui nessa conversa.O diálogo se solta aos poucos, à medida que deixo o medo de lado. Mergulho mais um pouco — na imensidão dessa solidão, me descubro.Carlos de Campos