Um oceano de tristeza, De lamentações profundas, De inconstâncias persistentes. Sou o próprio muro da indiferença.
Um fantasma que assombra. Há dependência do medo, Distorce o meu raciocínio lento. Daqui do meu lugar, só vejo deserto.
Este destino fora trancado No arcabouço da ignorância, Da censura banalizada. É como andam as coisas.
O perigo anda solto, Orquestrando sequestros mentais. A vítima indefesa pode ser você; Ninguém está imune a esse dilema.
Você chegou carregando o sentido da minha vida. Vi onde encontrar o meu equilíbrio. Nenhum dia a mais de sofrimento. É preciso dar um basta a tanta manipulação.
Corto qualquer vínculo inconsciente com você, Com suas armadilhas escondidas, Com as tuas tramas malditas. Me lavo no mar da regeneração pacífica.
Carlos de Campos
Foto por Santiago Sauceda Gonzu00e1lez em Pexels.com
Rasgo, em meu peito, essa flor, dor desse espinho cravado, pus da inflamação de um ódio cultivado no cotidiano.
Ódio sem precedente, que machuca o meu peito febril. É insuportável, e eu preciso agir, e a violência acaba sendo o meu refúgio.
Que a violência não é remédio, eu sei. Sei que essa dor é insustentável, que essa pressão me enlouquece, me distanciando da minha sanidade mental.
Não tenho ninguém por mim. Tudo leva a duvidar do meu caráter. Não olham para o meu peito sangrando, nem para esse corpo em estado febril.
Sucumbirei a qualquer momento nesse abraço apaixonado que transfere para o seu peito o meu espinho de dor. Teu beijo acolhedor desinflama a minha alma.