Nada impede que você deixe o amor falar, sair para respirar um ar fresco e sentir, em seu peito, o seu aconchego. Nada o impede de tentar.
Tentar superar os seus medos, medos que nem fazem parte de sua história, mantendo-se firme diante dos burburinhos da vida e podendo sentir, em seu peito, esse aconchego.
Quem nunca se decepcionou com alguém? Quantas foram as ilusões já sentidas? Passou deixando tudo como terra arrasada, e seguir acreditando se tornou insuportável.
São as dores de uma vida maltratada, vilipendiada em todos os seus direitos, inclusive no direito de amar. Amar e ser amado… que dificuldade.
Singulares são os afetos que afetam a todos nós. Singulares são as dores que movem os corações. Singulares somos nós, com os nossos universos em rota de colisão.
Tudo o que vive e respira alguma vez já amou, diluímos quem éramos para o outro para o amor acontecer. No final, só restaram duas almas vagando vazias.
✦ Este poema é um abrigo para quem vive dias de confusão interna, silêncio sufocante e busca sem resposta. Se você já sentiu que não se reconhece mais, estas palavras são para você.
Mente que vai de um lado para outro Em busca de estabilidade, Indo sem ao certo saber O que há de encontrar.
E, indo, deixa de ser Quem acredita ser. Deixa tudo inacabado, Cai o que sustentava.
Figura em seu interior Um mundo desértico. Terra arrasada é como encontra sua alma, Imperativo do não ser.
Longe da razão se encontra, Desafios lhe são impostos. O divino é quem separa o mundo, Homem fragilizado na sua esperança.
O seu mundo é fugaz, Inebriante para a mente. É um profundo buraco vazio, É um ir e vir sem rumo.