No estandarte do amor estão escritas as seguintes palavras: não existe glória na covardia, no desumano ato de amedrontar.
É nesse momento em que a vida separa os homens dignos dos ratos covardes.
E essa é, finalmente, a maior glória que alguém pode receber: não ser incluído no rol dos ratos, dos imundos que habitam o submundo.
Célebre por ser considerado digno de carregar este estandarte, digno por dedicar sua vida à transparência, digno de caminhar sob o amparo da ética.
Estandarte dos que lutam por dignidade, pela sua e pela dos outros, dos que podem dormir com a consciência fria. Dignos são todos que assim buscam viver.
Cante, em uníssono coro, o cântico dos mártires, dos que derramam todo o seu sangue para ser íntegro a todo momento.
Abramos os nossos corações e mentes às novas ideias
A minha história é de busca, De intensidade e interioridade. É ser e não ser, Desejo e reclusão.
A minha história é de fracasso, E, como todo bom fracassado, me justifico. Me justifico da pobreza que recebi como herança, E querem me ver calado.
A minha história é como a sua: Nos calaram até não querer mais. Nos mantiveram presos nessas ideias, Ideias que nos fizeram acreditar.
É hora de dar um basta nessa opressão, Passou da hora de se libertar dessas ideias, Ideias que não se justificam com tanta injustiça. É hora de deixar novos ares entrar.
São nessas horas que temos que nos convencer De que seguir essas ideias do sistema não dá mais. O mundo está perdido em egos, Egos de poucos, mas egos autoritários.
Ir em direção às ideias fundamentalistas é um erro. É preciso dar espaço e valorizar o debate. É debatendo que chegamos às boas e novas ideias — Que as boas e novas ideias então floresçam.
O precioso valor da vida, vida que é constantemente ferida por nossa existência vazia, que insiste em resistir ao frio.
O frio da indiferença, que nos condena, nos massacra — frio da ignorância.
A vida é preciosa. A vida de quem? A vida que vive de restos de dignidade? A vida que não se permite ser feliz?
O que é a vida? É a vida encontrada na latrina? É a vida que vocês querem que eu viva? Ah! O que eu sei é que a minha vida não é preciosa.
Não existe dignidade onde há tanto desprezo, onde ser indiferente faz toda a diferença — e é sempre o melhor jeito. A vida é preciosa, sim! Só que é a vida dos 1%.
O nosso silêncio nos trouxe até aqui, onde mais de 90% prefere a indiferença. É a nossa marca registrada: ser uma nação submissa, que só vive reclamando, mas prefere levar a vida na mais pura omissão.