Indo para bem longe de mim Longe… Sem olhar para trás Seguirei indo para bem longe.
O meu ser é terra devastada Isso é algo que muito me incomoda É algo sutil, mas persistente Quero distância de tudo.
O teu gesto é suave Transmite delicadeza É o que procuro E persigo com persistência.
No andar da vida A vida segue ferida Preciso continuar Do jeito como está.
O que esperar do nosso encontro? Encontro de almas marcadas Predestinadas um ao outro Almas apaixonadas.
Não sigo destino Sigo a minha razão Que me diz para ir bem longe Fiel à minha razão, eu sigo.
No íntimo, quando eu reflito Buscando teses e teorias para desqualificá-lo O que só encontro é o meu coração apaixonado Essa é a verdade quando eu penso em você.
Tento em vão te esquecer Penso que sumir de sua vida me fará bem E sei como tudo isso é em vão Todo o amor e carinho só aumentam.
Me dê a sua mão Quero senti-la Quero mergulhar nesse amor Me permita te amar de agora em diante.
Me entrego de corpo e alma Sem reserva alguma, me dou por inteira Meus sentidos… Desejos meus…
E o que encontro pela estrada da vida? Encontro a companhia de quem não quero. Quero o imperativo do desejo, Do querer estar em sua companhia.
Quem quis o que não podia ter? Quem, diante do medo, não se expõe? Ninguém sabe o que deseja realmente; O que queremos, muitas vezes, é obscuro.
Indo ao encontro da sorte, Dos milagres oportunos que a vida reservou Aos pobres desantenados, Bem quis a vida que nós nos encontrássemos.
Em meu teatro de oportunidades, Do baixo ao mais baixo da vida, Na difícil tarefa de amar, Os encontros obscuros.
Um fiel escudeiro do amor é o que sou, Do amor que promove o encontro e o desencontro. Dentre segredos guardados a sete chaves, O amor é com quem não quero estar na estrada.