Sou o príncipe da escuridão


Sou o príncipe da escuridão

Imperdoável é cada ato.
É um ato que instiga memórias,
é um ato perfeitamente incompreensível,
é um ato que desequilibra o dia.

Sou um átomo de miséria,
de irrelevância quântica.
Sou um nada;
nos dias frios, sou a tristeza.

O grito reprimido,
as mãos atadas,
o ideal desprezado,
nada além de ser só mais um.

Enquanto existir o amanhã,
a alegria em mim se apagará;
o desejo estará escondido,
e o medo triunfará.

Os demônios entram em minha vida,
percorrem a minha mente com sua orgia:
depravação da hiper-hipocrisia.
Do ventre nasce um bezerro de ouro.

Os dias passam sem passar,
os meses estagnaram
na odiosa sensação de perfeição.
Sou só mais um perfeito imperfeito.

Carlos de Campos
Foto por SHVETS production em Pexels.com

Descubra mais sobre Memória e poesia

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.


Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Descubra mais sobre Memória e poesia

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue lendo