Rasgo, em meu peito, essa flor, dor desse espinho cravado, pus da inflamação de um ódio cultivado no cotidiano.
Ódio sem precedente, que machuca o meu peito febril. É insuportável, e eu preciso agir, e a violência acaba sendo o meu refúgio.
Que a violência não é remédio, eu sei. Sei que essa dor é insustentável, que essa pressão me enlouquece, me distanciando da minha sanidade mental.
Não tenho ninguém por mim. Tudo leva a duvidar do meu caráter. Não olham para o meu peito sangrando, nem para esse corpo em estado febril.
Sucumbirei a qualquer momento nesse abraço apaixonado que transfere para o seu peito o meu espinho de dor. Teu beijo acolhedor desinflama a minha alma.
Onde o amor está, também está a vida. Vida ferida, mas que insiste em resistir ao ódio e a toda hipocrisia. É a vida que brota das pedras, do asfalto da traição. É a vida que caminha por trilhas exuberantes, fortalecendo o vínculo dos corpos quentes e cheios de emoção; dos laços intensos desse amor que cura, enquanto ama, enquanto afasta para bem longe o medo e a solidão. É a vida que caminha no amor — do amor que abraça a solidão. É a vida forte da própria vida.
Carlos de Campos
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