Ninguém sairá vitorioso dessa batalha. Mercenários da ilusão, De um mundo em contínua submissão, Onde tudo se tornou um fracasso.
Iluminados de autoritarismo Se somam aos ridicularizados. Ninguém estará fora ou dentro Dessa intervenção.
Isolados e com medo, é como estamos: Distantes e próximos de nada, Do amor que eu perdi E, perdendo, me machuquei.
É por dores assim que me movimento. Decepções são como baldes de água fria. Nem todos têm a mesma cabeça para lidar com a situação. Sofrimento: alimento para a alma dos decepcionados.
Distante é como estou. Cada um segue o seu destino, Distinto e, ao mesmo tempo, próximo No sofrimento que nos une como irmãos.
Diante do absurdo, O susto. Meus dias passam atropelando tudo. Eu sinto muito!
Quem é o maior egocêntrico? O que o mundo deve esperar do homem? Do amor que nunca vem? Da ilusão que é a nossa realidade?
Solidão: castigo dos corações apaixonados, Dos amores que nunca foram realizados, Da distância que nunca foi tão próxima, Alma que não soube amar na oportunidade que teve.
Do céu buscam o socorro. Na Terra produzem destruição em massa, Tudo em nome da nobre arte de amar, Das virtudes que são violentadas.
No mundo em que o caos é o imperador, Os soldados são os desesperançados, Forçados ao front de batalha, Sucumbem em êxtase de esperança.
Faz-se ver ao longe, Caminhando entre corpos e escombros, A esperança! Recolhendo os corpos despedaçados.
Limpando as feridas dos sobreviventes, Alimentando a alma dos esfomeados. Quem és tu, bela donzela? Como ousas salvar os meus condenados?
Imersa em solidariedade, Aquela honrada jovem continua o seu trabalho, Doando-se em amor, tempo, esperança e cuidado. Ao longe, ainda se pode ouvir o imperador vociferando.
Palavrões, insultos e ordens de guerra são direcionados, Tudo em uma tentativa em vão de dissuadi-la de sua missão. Nesse momento, nada e ninguém é capaz de movê-la de seus propósitos, Na firmeza de seus passos descalços.
Caminhante nessa vida, Alimenta almas e corpos com o dom sagrado, Com os dois únicos dons capazes de salvar esta humanidade. Cantemos ao amor! Cantemos à solidariedade!
Sua presença ainda é sentida, É dor que só aumenta, Aumentando ainda mais a minha solidão. Um dia, preciso saber o porquê.
Me jogo de cabeça no trabalho, Nas noites mal dormidas. Recorro a tudo o que me faça esquecer de você, E absolutamente nada é capaz de soterrar a falta que você me faz.
Hoje, É só mais um dia, Misturado a mais um dia ruim no trabalho, Mais um dia da mais pura saudade.
Oh, minha alma! Desejoso estou de viver a felicidade. Quem idealiza uma vida em meio à dor? O que nós fizemos de errado?
Meu amor é constantemente atacado pelo ódio, Ódio que prevalece em mim por esperar a sua volta. Deixado para trás é como me sinto. Sou mais uma vítima da saudade, marcada pela morte.