Na vida, seguimos o que os outros querem
É vida entregue, ansiedade.
É luta, ansiedade.
É esforço sem sentido,
uma mente se esvaindo.
É sonho demolido,
segue outro destino
imposto pela doença do capitalismo.
Esforço, esvaindo-me.
“Momentum” do medo,
das frustrações projetadas,
dos “gurus” que não sabem de nada,
nada além do nosso dinheiro.
Dinheiro sem sentido
sugou toda a minha vida.
Sua nostalgia o faz voltar à infância,
infância que nem me lembro mais.
É vida destruída,
rusga de sofrimento,
detestável por se sentir revoltado
de onde a dor maltrata o seu peito.
Dilacerado por dentro,
fisga o desejo.
Desajeitado, outros querem o seu medo:
vida forjada nos cala-bocas do ressentimento.
Carlos de Campos
Foto por Malcoln Oliveira em Pexels.com